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terça-feira, 4 de junho de 2013

Revoltas no Brasil Colonial

Revoltas no Brasil Colonial
Inconfidência Mineira
Essa revolta teve início em 1789, após o governo português fazer uso da violência para que a população de Minas Gerais pagasse seus impostos. Além disso, o governo obrigava as pessoas a entregar o que tinham para o pagamento da dívida. Essa situação estava desagradando as pessoas e as deixando com raiva da metrópole.
Um grupo de pessoas começou a realizar reuniões na cidade de Vila Rica e lá planejavam uma conspiração contra o governo português. Os participantes desses encontros eram: Tomás Antônio Gonzaga, José de Oliveira Rolim, Joaquim Silvério dos Reis, Domingos de Abreu e Joaquim José da Silva (mais conhecido como Tiradentes).
Tiradentes era o membro mais pobre do grupo e divulgava as ações da conspiração. Eles exigiam a implantação de um governo republicano, a mudança da capital do país para a cidade de São João del Rei, incentivo à industrialização e implantação do serviço militar. Porém, eles não apresentaram nenhuma reivindicação referente à escravidão.
Eles tinham o objetivo de sequestrar o novo governador da localidade, visconde de Barbacena; porém as autoridades foram informadas por um delator do grupo, Joaquim Silvério dos Reis. A traição ocorreu sob a condição de que ele fosse perdoado dos débitos que possuía junto à Coroa. Os integrantes da conspiração foram presos e alguns foram enviados para colônias de Portugal, na África.
Tiradentes foi tratado como o responsável pelo ato e foi condenado à forca. Depois de morto, ele foi esquartejado e teve seus membros espalhados pela cidade de Vila Rica para que servisse de exemplo a outras possíveis rebeliões. Posteriormente, no período republicano.
Conjuração Baiana
Após a mudança da capital do país para o Rio de Janeiro, a Bahia passou a ter dificuldades econômicas e políticas. Um grupo de estudiosos começou a idealizar a emancipação da Bahia com o Brasil. Essa revolta também é chamada de Revolta dos Alfaiates e foi liderada por Cipriano Barata. A Conjuração Baiana teve a participação de pessoas de todos os níveis sociais, inclusive mulheres.
O objetivo dessa revolta era ter uma sociedade democrática, a Proclamação da República, a abertura dos portos e o aumento salarial. A divulgação começou a ser feita em agosto de 1798; porém, eles foram descobertos pela Coroa e muitos foram denunciados e presos. Alguns revoltosos foram enforcados em novembro de 1799. O líder da Conjuração Baiana foi julgado e absolvido. Os que foram condenados à prisão ou à forca possuíam uma posição econômica inferior aos que foram absolvidos.
Guerra dos Emboabas
Com a redução do comércio açucareiro e após as primeiras descobertas de ouro em Minas Gerais, começaram diversas disputas para conquistar essas riquezas. A Guerra dos Emboabas durou de 1708 a 1709 e teve a participação dos bandeirantes paulistas, que foram os primeiros a descobrir as jazidas de ouro. Eles exigiam o direito de realizar a exploração desses locais em detrimento aos emboabas (nome dado aos forasteiros portugueses e imigrantes provenientes de outras regiões do Brasil).
O nome emboaba era derivado do Tupi e significava ave com penas até os pés. Isso ocorria porque eles utilizavam botas e os bandeirantes paulistas andavam descalços. Quando o líder dos emboabas foi nomeado ao governo de Minas Gerais, os paulistas foram obrigados a procurar refúgio nas matas. Com a perda de diversas jazidas, os paulistas passaram a buscar ouro em outras regiões e posteriormente iriam encontrá-lo em Mato Grosso e Goiás. Com esses confrontos, a metrópole passou a controlar e fiscalizar a região para evitar novos conflitos.
Guerra dos Mascates
Esse conflito ocorreu em 1711, em Pernambuco. Os comerciantes da cidade do Recife e os latifundiários de Olinda tentavam determinar quem teria o poder no estado. Com a crise do açúcar, a cidade de Olinda se viu obrigada a pedir um empréstimo ao Recife. Em 1709, os 'mascates', como eram conhecidos os comerciantes, passam a considerar Recife uma vila. Essa decisão atinge os empresários de Olinda, que temiam que fossem cobrados pelo empréstimo que haviam feito à cidade.

Em 1710, Recife foi invadida pelos revoltosos de Olinda que tomaram a Câmara da cidade. Os comerciantes de Recife receberam ajuda dos portugueses. A guerra continuou até o ano de 1711, quando a Coroa nomeou um novo governador. Era Félix José de Mendonça e ele estipulou que a administração de Pernambuco seria dividida entre as duas cidades de forma semestral.

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